sexta-feira, 15 de março de 2013

Talvez você me encontre Capítulo 2 - That's what I should do


Alguns dias depois...

Estava fechando a última mala, havia comprados roupas novas por causa do clima diferente, novos matérias e tudo mais. O voo saía às 18h00min e chagaria lá pelas oito, a coordenadora da escola uma tal de Amélia viria me buscar no aeroporto , eu e bom os alunos novos também.Já tinha me despedido de todos, só da minha família que combinei de dar tchau apenas no aeroporto , meus amigos da escola acharam o máximo, e bom a Letícia me apoiou muito mesmo que tenhamos chorado um pouco eu confesso, mas nunca tinha ido pra tão longe dela nem por tanto tempo assim, eu voltaria no próximo semestre pras férias de julho, mas mesmo assim seria muito tempo, estava no meu quarto me despedindo de tudo e ouço minha mãe gritar :
- Juliana, vamos logo, você vai acabar perdendo seu voo!! –Já era a segunda vez que ela chamava então resolvi descer.
-Tô descendo! Meu Deus que pressa!!! –disse enquanto descia as escadas, ela me olhou com a aquela cara de impaciente, não disse nada, dei-lhe um beijo na bochecha e fui em direção a porta.
Papai já estava no carro e Pedro ajudando com as malas, ele tinha sido bastante gentil nos últimos dias talvez fosse uma forma de mostrar que sentiria minha falta, ou apenas quisesse ficar com o meu quarto, mas vou me iludir com a primeira opção, entrei no carro e partimos meus pais e Pedro, mesmo querendo muito isso, e estando super ansiosa pra chegar lá o fato de ter que despedir deles me assustava, eu estaria sozinha, estaria livre, mas sozinha. Uns vinte minutos depois chegamos ao aeroporto, olhei no relógio e eram dez pras seis da tarde, meu pai começou a descarregar o carro e confesso que fui ficando aflita, aproximei de mamãe e disse:
-Ainda vai querer que eu ligue toda semana , né ?- disse com a voz mais manhosa enquanto a abraçava ela logo entendeu
-Não precisa ter medo, meu anjo eles vão amar você tanto quanto eu amo, quem não amaria ?- me olhou do jeito mais doce, me lembrei de todos que não me amaram , mas preferi confiar nas mais doces palavras.
-Vem enjuança me abraça! Me abraça que eu estou boazinha !- fui andando até Pedro e o abraçando de modo que ele foi obrigado a me abraçar, ia sentir falta dele ia sim, mesmo que me irritasse demais.
-Vou sentir sua falta- ele disse num tom quase inaudível e eu quase não acreditei.
-Você o que?- eu perguntei sem entender
-Não me faça repetir ok? Já foi difícil dizer uma vez!- ele respondeu me fazendo rir
-Eu também vou- falei e o olhei pra ele que não disse nada, mas esboçou um sorriso meio de canto e eu entendi.
Estava indo abraçar meu pai,quando ouço o chamado no auto falando era o meu voo e me desesperei, corri até ele o abracei forte e o ouvi dizer:
-Vou sentir sua falta meu amor, eu te amo- naquele instante tudo doeu, meu pai viajava muito, mas quando chegava era sempre maravilhoso, eu o adorava e suas brincadeiras também, somos super ligados, e não vê-lo por seis meses doeria. Eu apenas o olhei e sorri, não conseguiria dizer nada sem chorar, peguei minha bagagem de mão e segui até o portão de embarque abracei-os juntos e disse que os amava, a moça falou de novo ao auto falante e parti, não olhei pra trás tive medo de sair correndo pro carro novamente.

O voo foi rápido coloquei o fone e acabei dormindo às duas horas, acordei com a aeromoça me dizendo que pousamos. Saí de lá, peguei a bagagem e vi uma senhora balançar o cartaz com o nome da escola, fui até ela e me apresentei ela me pôs numa van onde já haviam outros estudantes e partimos, não demorou muito e chegamos.Pela janela pude ver o prédio enorme, todo de tijolinhos ,me lembrou filmes americanos, tinha um gramado enorme na frente e alguns banquinhos também, no meio uma estrada de pedra que dava direto a porta, era enorme toda de uma madeira escura que combinava perfeitamente com as paredes. Entramos, e lá dentro era como um salão havia duas escadas um pouco a frente, e nos fundos um corredor imenso, o chão do lugar brilhava e era tão lindo que dava pra ver meu reflexo nele, fiquei encantada com tudo , era maravilho me senti em um filme, ou série de TV. Uma mulher veio até nós , nos dividiu em grupos e nos entregou a chave de nossos respectivos quartos. O meu era o número 64 ficava no segundo andar e bem mais no final, o dormitório das meninas ficava do lado direito da escola, a moça também explicou que teríamos hoje para nos instalar e conhecer nossos colegas de quarto e amanhã mostraria toda escola e nos daria o horário, as aulas começariam na segunda.

Pela primeira vez teria uma colega de quarto e estava animada com isso, tomara que não seja uma maluca, pensei comigo mesmo, e acabei rindo, ao me lembrar de quão maluca eu mesma sou, fui caminhando pelos corredores a procura do meu quarto eram dois corredores um de cada lado da escola, no meio um gramado que os separava , tinha alguns arbustos e flores também, fui seguindo o corredor que parecia não ter fim, vi uma sala com inúmeros computadores, algumas salas de aulas comuns, e vi uma sala maravilhosa, a sala de música. Era perfeita tinha um piano lindo, violões, instrumentos de sopro, e tudo mais. Andei mais um pouco e já via os dormitórios, andei até o fim do corredor e encontrei uma escada, subi e dei de cara com mais um corredor gigante, agradeci por estar chegando, o meu ficava na quarta porta, virei à chave e entrei minhas malas já estavam lá, tinham duas camas, minha colega de quarto ainda não havia chegado, talvez estivesse perdida, fui até a janela e a vista dava direto pra o quarto dos meninos, do outro lado do gramado, os dormitórios femininos eram números pares, e os ímpares os masculinos, dava pra ver o quarto 65 inteiro, fiquei com receio de que o menino dali me espiasse então fechei a janela por precaução. Tinha um banheiro no quarto, não era nada grande, mas seria ótimo não vagar por aqueles corredores gigantes sozinha durante a noite, comecei a arrumar minhas coisas. Poucos minutos depois uma garota entrou no quarto, ela era loira, tinha os cabelos um pouco encaracolados que iam até o meio de suas costas, era mais alta do que eu, mas não muito tinha um corpo lindo e sorriu logo ao me ver.
- Oi! Eu sou a Catarina, mas pode me chamar de Cat, e pelo visto você será minha colega de quarto. - riu
-E eu sou a Juliana, mas eu também atendo por Ju! – sorri simpática.
-E você é de onde Ju? – perguntou enquanto tirava as coisas da mala.
-Eu sou de Minas Gerais e você?
-Eu sou de São Paulo, vim com meu namorado Noah- ela disse e eu tentei sorrir meio sem graça, e acho que ela percebeu.
-Ah! Legal – eu disse sem ânimo, não que eu realmente não achasse legal, é só que sei lá fiquei sem jeito.
-Er... Desculpa, é que me empolgo quando falo dele. Mas não precisa ficar assim, uma garota linda como você logo, logo vai arrastar pretendentes por esses corredores!- ela disse e começamos a rir.
-Mas ah! Não sei quem sabe né... Só não quero que se repita a última tragédia do meu relacionamento- eu disse e percebi que os dois sorrisos desapareceram, lembrei-me dele de novo, mas preferi me concentrar nela e afastar aquele rosto de minha mente.
-Achei que só em São Paulo existiam caras tão estúpidos. Qual o nome do idiota?- ela perguntou atônita.
- Felipe - disse num tom mais baixo e sem ânimo algum- Namoramos por uns cinco meses, até eu ter visto ele beijando uma vadia qualquer na nossa formatura do ano passado. Fomos juntos e estava tudo bem, até que o deixei sozinho por dois segundos , quando voltei ele já estava se atracando com ela, comecei a chorar e virei as costas em poucos segundos ele veio atrás de mim,mas eu não quis conversar, ele me procurou por algum tempo, mas fingi não me importar – contei a ela e senti meus olhos começando a lacrimejarem por me lembrar daquela cena estúpida.
- Mas que garoto ridículo! – ela protestava já alterando o tom de voz – Aff! Vai morrer sozinho, sendo devorado por ratos. – ela me olhou e disparamos a rir, ela era bem legal e divertida também. Concordei com ela e continuamos a conversar falando sobre coisas aleatórias, tomei banho e ela terminou de arrumar as coisas, sai do chuveiro e esperei ela terminar de se arrumar era 20h55min então descemos.   

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